Banca de DEFESA: FLAVIA SILVA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FLAVIA SILVA DE SOUZA
DATA : 05/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Virtual
TÍTULO:

POR UMA INTERPRETAÇÃO FENOMENOLÓGICA DE UM URBANO INTERIOR


PALAVRAS-CHAVES:

Geograficidade. Intimidade. Experiência. Performances geográficas.
Urbano interior.


PÁGINAS: 287
RESUMO:

A escrita desta tese foi inspirada em existências, narrativas vividas e escuta
atenta, as quais são conectadas ao meu ser-e-estar-no-mundo. Neste sentido, busquei
histórias de vida inerentes a realidade geográfica. As experiências, histórias e movimentos
vividos foram interpretados a partir das relações interpessoais dos (das) habitantes das
cidades de Cravolândia, Jaguaquara e Santa Inês, localizadas no Vale do Jiquiriçá – Bahia.
As trocas intersubjetivas construídas no contexto das relações produziram
questionamentos: é possível traçar reflexões que permitam acessar o urbano interior,
através da emoção, imaginação e da admiração? É possível delinear este urbano a partir de
geograficidades performáticas? Como conduzir a investigação para a identificação de
performances geográficas? Como viver, sentir e captar, reflexivamente, esse urbano? Como
as ações corporais ocorridas no cotidiano expressam uma leitura fenomenológica da vida
urbana? A metodologia aplicada para alcançar estas respostas, esteve relacionada às
pesquisas bibliográficas, análise de dados quantitativos, entrevistas semiestruturadas e
narrativas, conversas informais e observação das ações em campo, após escutar, viver,
sentir e narrar histórias, a partir da espacialidade do meu corpo. Utilizando a narrativa
memorialística como metodologia, buscou-se reconstruir lembranças, proporcionar outros
sentidos a elas e, dessa forma, aguçar a escuta, sentir os relatos e entrecruzar a realidade
e o discurso. Investiguei o urbano interior a partir de perspectivas fenomenológicas,
orientadas, pelos estudos de Dardel, Heidegger, Merleau Ponty e Bachelard, dentre outros
(as) autores (as). Associado a este processo, conectei a geograficidade, entendida aqui e
expressada por Dardel, como uma categoria ontológica pautada na existência do ser -, à
performance como uma possibilidade de manifestação de geograficidades. Um caminho
que une a Geografia à Arte. As trilhas do vivido evidenciaram corpos em ação ocupando e
produzindo o espaço urbano, por meio de uma apropriação integrada às suas próprias
vivências, anseios e objetivos que em conjunto desvelam performances geográficas em coletividade. Estes contextos transbordam a ludicidade, a poesia e a luta social, uma vez que, os corpos em ação podem vivenciar e sentir de forma orgânica. Ali a arte imprime um caminho para um fazer geográfico aberto às sensações, aspirações e experiências permitindo a imaginação de curvas, ciclos e estradas entrecruzadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - JULIANA MADDALENA TRIFILIO DIAS
Presidente - 2211108 - ANGELO SZANIECKI PERRET SERPA
Externo à Instituição - EDUARDO JOSÉ MARANDOLA JÚNIOR - UNICAMP
Externo à Instituição - MARCELO SOUSA BRITO
Externa à Instituição - PATRICIA CHAME DIAS
Notícia cadastrada em: 03/05/2024 15:16
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA